Mato Grosso registrou de janeiro até agora mais de 22,6 mil focos, 64% a mais em relação ao mesmo período no ano passado, conforme informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Em agosto houve o primeiro pico das queimadas, 8.030 ocorrências, média de 259 focos de calor por dia. Mas em setembro a situação pode ser ainda pior. Nos 12 primeiros dias foram 5.860 focos, uma média de 488 focos por dia, aumento de 88,4% do que a média diária em relação a agosto.
Militares e brigadistas formam equipes pra apagar o fogo em regiões onde as chamas são tão altas que entrar na mata é um risco. Para isso, 85 homens do Exército já estão ajudando os bombeiros no estado, a maior parte em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.
O Instituto Chico Mendes está remanejando profissionais para Chapada. Brigadistas de outras unidades, como do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, e da Reserva Biológica Mata Escura, em Minas Gerais. O Ibama também está mandando ajuda, 45 brigadista de outros estados.
Hoje desembarcam no Brasil seis peritos da guarda florestal americana. Eles também vão para a Chapada dos Guimarães. O reforço é necessário porque os focos de queimadas não param de subir em Mato Grosso.
São tantos os lugares queimando que o combate demora para chegar.
A Serra Tapirapuã, em Nova Olímpia, a 207 km de Cuiabá, está queimando há uma semana. O fogo já destruiu mais de 4 mil hectares de áreas de preservação.